segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Renato Prieto neste fim de semana - DOMINGO dia 14 às 20h - "A MORTE É UMA PIADA"


A Morte, É Uma Piada!
O novo espetáculo de Renato Prieto, ”A MORTE, É UMA PIADA!”, é uma reflexão sobre o lado cômico da morte.
A proposta do projeto que montou 11 espetáculos diferentes, assistidos por mais de 5 milhões de pessoas, é dar a oportunidade delas fazerem uma reflexão séria sobre um tema que inquieta à todos: de onde viemos, o que estamos fazendo aqui, para onde vamos.
Pesquisadores, grupos sérios de estudos, a ciência, a literatura, o cinema e o teatro estão sempre colocando em pauta: E a vida continua? A resposta é sim: A morte é uma piada!
Com inesquecíveis músicas de Roberto Carlos, Milton Nascimento/ Fernando Brant, Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito, Paulo César Feital e Noel Rosa
RENATO PRIETO EM
A MORTE, É UMA PIADA!
Pesquisa/texto: Alexandre Wacker, Amilcar E. Zampirollo e Semíramis Alencar
Direção Geral: Projeto Renato Prieto
14/11/2010
Domingo às 20 h
Ingresso: Inteira R$ 40,00 – Meia:R$20,00 - Antecipada R$30,00
Teatro Municipal de Cabo Frio - Inah de Azevedo Mureb – Rua Aníbal Amador do Vale s/n - Praia do Forte 
TEL. (22) 2645-4472 / 9951-7331
ELENCO: Renato Prieto, Sylvia D´Silva e Adriana Mattos
Figurino: Anete Cota
CLASSIFICAÇÃO: 10 ANOS





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Matéria publicada na Veja-Rio em 04/09/2010


Renato Prieto, o rosto da 'maioria silenciosa'
Ator que já foi visto por mais de cinco milhões de espectadores em peças de teatro com temática espírita, chega às telas com 'Nosso Lar'
Rafael Lemos 
Renato Prieto, protagonista de 'Nosso Lar' (Monica Imbuzeiro/Agência O Globo) 
A carreira de ator junta o que eu gosto de fazer com a vontade e o prazer de querer dizer algo que posso fazer a vida do outro melhor. E a espiritualidade faz isso muito bem. É uma missão, e um enorme prazer 
Ele ainda é um rosto pouco conhecido do grande público. Mas por pouco tempo. A partir desta sexta-feira, com a estreia do filme Nosso Lar (de adaptação do livro de Chico Xavier) em mais de 400 salas de cinema do país, o ator Renato Prieto, de 55 anos, começa a conquistar seu espaço fora do circuito espírita. No teatro, o homem escolhido para interpretar o espírito de André Luís já foi visto por mais de cinco milhões de pessoas em 12 espetáculos - todos sobre o espiritismo.

Agora, pela primeira vez em sua carreira, Prieto estrela uma produção que lhe dará grande visibilidade no cenário nacional. Co-produzido pela Globo Filmes, Nosso Lar é baseado no best seller de Chico Xavier e conta a história de um médico bem sucedido, que, após sua morte, acorda no Umbral -uma planície escura e tenebrosa, como uma espécie de purgatório. Ele passa por um período de dor e sofrimento antes de, finalmente, ser resgatado e levado para uma cidade espiritual, situada geograficamente bem acima do Rio de Janeiro. Aos poucos, o médico vai encontrando as respostas sobre aquele lugar e as reúne em livros a serem psicografados por Chico Xavier no mundo dos vivos. Ao todo, o médium publicou 16 livros creditados ao espírito de André Luís.

Nosso Lar é também a oportunidade do experiente ator conquistar o reconhecimento do grande público falando daquilo que acredita. Por conta do projeto, ele já está sendo sondado para diversos trabalhos, incluindo uma minissérie na TV Globo. Nascido em Vitória, no Espírito Santo, Prieto se mudou para o Rio no início da adolescência e se diz carioca por opção. E foi no Rio, durante a faculdade de teatro, que ele descobriu o espiritismo. Na época, o ator dividia um apartamento com a amiga e atriz Cininha de Paula, no Bairro Peixoto, na zona Sul. "Encontrei um livro, psicografado pelo Chico Xavier, jogado na lixeira do meu prédio. Eu li e vi que tinha muitas respostas para as minhas questões. Depois, li muito (Alan) Kardec", lembra Prieto, que participa de reuniões com um grupo de espíritas todas as quartas-feiras.

Hoje, morador do Leme, ele não se cansa de elogiar a cidade que escolheu para viver, mas, por conta da maratona de divulgação do filme, sua casa tem sido mesmo o aeroporto. "Eu moro na praia do Leme, onde ainda é possível viver em paz. Mas, agora, estou dando atenção à divulgação do filme pelo Brasil afora. Acabei de chegar de São Paulo, Brasília, Fortaleza, Vitória e vou para Belo Horizonte", conta, empolgado.

Nesta entrevista, realizada na pré-estreia do filme no Rio, o ator diz que chegou a hora do espiritismo, e que a doutrina de Kardec já foi assimilada por uma "maioria silenciosa" no Brasil.

Você já faz sucesso com peças espíritas no teatro há muitos anos. Por que só agora o cinema e a televisão despertaram para o grande interesse do público pelo tema?
Acho que as coisas estão dentro do inconsciente coletivo. Quando uma camada muito grande de pessoas começa a querer a saber sobre algo específico, esses pólos captam essas ideias. Há um interesse do público em saber mais sobre espiritualidade. Estou fazendo o que aqui? Vim de onde? Por que estou aqui? Acho que esse inconsciente coletivo vibrou em várias direções e algumas pessoas codificaram e aí surgiram esses filmes, novelas, minisséries. Acho que a tendência é surgir cada vez mais.

Você considera sua carreira de ator como uma missão de divulgar o espiritismo?
Posso encarar como uma missão. Mas também sempre tive muita responsabilidade com isso. Responsabilidade de me preparar, de fazer aula de voz, faculdade, de estudar, enfim, de ser um ator preparado para a profissão que escolhi. Senão, a direção do filme não chegaria em mim para me experimentar, me testar, me levar a um emagrecimento de quase 20 kg para o personagem se não confiassem nesse talento. Então, junta o que eu gosto de fazer com a vontade e o prazer de querer dizer algo que posso fazer a vida do outro melhor. E a espiritualidade faz isso muito bem. Então, pode ser. Encaro como uma missão, o que é um enorme prazer.

Nosso Lar é uma cidade suspensa sobre o Rio de Janeiro. E o Rio, além da beleza, também sofre com muitas mazelas, como criminalidade, tráfico de drogas, pobreza nas favelas e tragédias fruto da violência. Como o espiritismo encara tudo isso?
Acho que chegou um momento em que o homem vem sendo chamado à responsabilidade. Cada vez mais vêm acontecendo coisas para que o homem se atente ao que está acontecendo. Eu não vivo nessa esfera que o planeta propõe, em determinadas áreas, da violência. Vivo normalmente. Caminho por qualquer lugar, vou onde tenho vontade. Procuro me precaver. Mas acho que chegou um momento, do ponto de vista espiritual, que quem quis aproveitar a oportunidade aproveitou. Para quem, por livre arbítrio, não aproveitou essa oportunidade, acabou. Essas pessoas não terão uma nova oportunidade. Elas escolheram dessa maneira e é preciso que se respeite as escolhas delas. Mas também é preciso que o ser humano compreenda que nada acontece na nossa vida sem que tenhamos comprometimento com aquilo. Então, se está todo mundo ligado num faixa AM, que seria de violência, muda de faixa. Fica na FM. Porque aí ninguém atinge você. É uma questão de mudar de sintonia.

Você já foi assaltado alguma vez? Como reagiu ou reagiria a uma situação dessas?
Penso que é importante manter sintonia em áreas em que não haja violência. Claro que tentaram me assaltar. Reagi com tranqüilidade e nada aconteceu. Acredito que justamente pelo fato de procurar me manter sintonizado com pensamentos positivo neste que caos que às vezes se instala nessa bela cidade que é o Rio de Janeiro. 
Como o espiritismo entrou na sua vida? E como ele está inserido no seu dia-a-dia? 
Desde muito garoto, eu tive interesse sobre o assunto. Eu era questionador. Quis saber de onde vim, para onde vou, por que as coisas acontecem dessa maneira. Por que tanta gente pode e outros não podem? Por que tem tanto sofrimento no planeta? Então, comecei a pesquisar. Eu tinha uma família muito tranquila, que me incentivava a buscar as minhas respostas. Na minha casa, essa discussão era muito aberta. Que cada um encontrasse seu caminho. Encontrei um livro, psicografado pelo Chico Xavier, jogado na lixeira do meu prédio. Eu li e vi que tinha muitas respostas para as minhas questões. Depois, li muito (Alan) Kardec e, a partir daí, procurei um grupo do qual faço parte até hoje. Nós pesquisamos, estudamos e nos reunimos todas as quartas-feiras para debater sobre uma série de temáticas.

O livro ainda é a principal fonte de disseminação do espiritismo. Você acha que o filme pode ter um papel importante na popularização da doutrina?
Eu não tenho a menor dúvida isso. A hora chegou. O povo quer desse jeito. As pessoas escolheram que fosse assim. Senão, não haveria tanto assédio. Olha ao seu redor. Tem sido esse assédio no Brasil inteiro, com multidões nas portas dos cinemas. A imprensa tem dado primeira página direto. 
Antes mesmo do filme, você já costuma ser abordado na rua por conta do seu trabalho no teatro. Como você lida com a fama? 
Vinte e cinco anos ininterruptos, sempre em cartaz em todo o Brasil e nas grandes capitais, sou sim constantemente abordado por pessoas. Lido com muita ranquilidade com todo tipo de abordagem. Não acredito em fama, ela é passageira, efêmera, não é palpável.O que procurei durante toda a minha trajetória foi construído com base na credibilidade e respeito. Esses sim me trouxeram até aqui a me levarão até o último dos meus dias desta encarnação. 

Você já foi assistido por mais de cinco milhões de pessoas no teatro. Ganhou dinheiro com isso?
Gostaria de dizer que sim, mas não. Não ganhei. Procuro sempre fazer os espetáculos em várias cidades do país, sempre trazendo para dentro do projeto instituições que precisam de socorro imediato, usando para isso parte do lucro da bilheteria. Mais de 1700 instituições foram ajudadas a abrir suas portas ou a não fechá-las.
O espiritismo se propõe a ser uma religião científica. A fé não basta?
Eu acho que a fé tem estar associada à razão e ao bom senso. O que vejo nas obras de Kardec e na doutrina espírita é que existe uma fé casada com a razão. E cada vez mais esse universo se abre. Hoje, a quantidade de pessoas que se interessam pelo assunto é enorme. É uma maioria silenciosa, que não faz alarde nem pregação. O Brasil é feito de uma maioria silenciosa de pessoas que acreditam na vida após a morte.  
FONTE: REVISTA VEJA

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